A REDENÇÃO DOS MORTOS INVISÍVEIS

Mais que invisíveis, são esquecidos
Em vida e, principalmente, na morte
Desde o nascer já estavam perdidos
Lograram existir sem ter passaporte

Criaturas miseráveis tão vulneráveis
Personagens reais da visão de Hugo
Produtos de situações irremediáveis
Geradas no espaço social de refugo

A desigualdade marcada no coletivo
Onde preto pobre morre sem motivo
É outro estigma lastimável do Brasil  

Pátria do povo que se acredita gentil
Solapado por uma elite ruim e abjeta
Protegida por uma sociedade quieta

Marco Antônio Abreu Florentino

Nota: Poema inspirado no deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) por ocasião da entrevista concedida na estréia do programa Sinapse ICL - Instituto Conhecimento Liberta (Programa jornalístico independente fundado pelo engenheiro, empresário e escritor Eduardo Moreira e o sociólogo e professor Jessé Souza).

Na excelente entrevista concedida aos jornalistas Roberta Garcia e Cesar Calejon, o deputado Renato Freitas discorre de forma comovente, mas contundente, sobre as dificuldades que as minorias, particularmente os negros e pobres deste país desigual, sofrem nas suas lutas por um espaço digno proporcionado pelo trabalho, mesmo quando exercido de forma justa e competente.

Tem sido motivo de perseguições e ameaças advindas de pessoas e segmentos sociais de moralidade e retidão duvidosas
devido sua postura, posicionamento político, luta por justiça social e igualdade de oportunidades para todos os brasileiros.

¨Parabéns deputado Renato Freitas, pela coragem, dignidade, luta e senso de justiça¨      

https://youtu.be/BNG7FWucLFw
(Upa Neguinho - Elis Regina)