IA: OPINIÕES E REFLEXÕES

Descrevo, a seguir, diálogos em rede social (Whatssap) entre participantes de um grupo de conhecidos e amigos autodenominados PARDAIS sobre Inteligência Artificial (IA):

Jaques Oliveira postou o artigo: ¨IA PODE SER RISCO PARA HUMANIDADE¨, alerta Geoffrey Hinton, ganhador do Nobel da computação.

Gabriel Florentino:  Torço por mais desenvolvimento da IA.

Cacio Trajano: Também.

Gabriel Florentino: Trabalhar deve ser uma opção. Que as máquinas nos substituam em todos os trabalhos!

Marco Florentino (sobre o artigo):
- Excelente artigo. Por isso meu interesse na filosofia. É preciso melhor formação ética e bioética nas universidades, em todas as áreas, particularmente as de tecnologia e ciências biomédicas. ¨2001, Uma Odisséia no Espaço¨ já é realidade. Passaram-se mais de quarenta e cinco anos e essas questões não foram devidamente discutidas em fóruns adequados. É como falamos ontem no nosso impagável encontro de Pardais no Passeio Público, Jaques... em vez de UTOPIA, podemos colher DISTOPIA num futuro próximo.

Marco Florentino (respondendo ao Gabriel Florentino):
- E de onde virá a renda do ser humano? Ohhh coitado!
- Não se iluda, a IA tem potencial para nos escravizar. Ela ficará com o ócio pensante (produtivo) e os humanos com o trabalho braçal.
- Uma inversão laboral inevitável, a não ser que, como já disse, a questão seja discutida seriamente a tempo e, consequentemente, coloquem  limites para o desenvolvimento da IA.
- Por isso concordei com o excelente artigo de Geoffrey Hinton.
- Jaques, me rendo às evidências. Vou ter que assistir esses filmes de ficção científicas de referência e de quebra ler alguns livros a respeito. A começar pelos que você recomendou.
- De certa forma já somos escravos passivos (alguns conscientes, outros não) do celular, computador, redes sociais e outras formas de tecnologia. Tenho tentado me libertar, mas é difícil pra cara...mba.

Ayala Gurgel:
- Na minha míope visão das coisas que são sobre as que podem ou haverão de ser, suponho que a questão do futuro da IA depende da resposta se a dieta à base de carne em nível global é eticamente sustentável. Em miúdos: a questão do especismo
Minha postura: a espécie humana não tem esse lugar de destaque autoproclamado. Então: se for por falta de adeus, até nunca.
- Peri passu, concordo que não se trata mais de ser ou não escravo, é só uma questão de singularidade.

Marco Florentino (respondendo a Ayala Gurgel):
- Concordo plenamente, entretanto, quer concordemos ou não, a espécie humana está no topo da cadeia alimentar... e também racional. É a que está dando as cartas, por enquanto. Pelo menos até que a IA, engenho idealizado, criado e produzido por esta mesma espécie, assuma o posto de comando. Será nesse momento que vamos viver a distopia de uma realidade ou sociedade em que tudo estará organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, não pelo estado ou por um tirano da mesma espécie, mas por um tirano artificial. Este não precisa se alimentar de outros animais, nem vegetais.

- Repito: Talvez esse seja o futuro inexorável da humanidade, a não ser que consigamos discutir seriamente a questão e impor regulamentações que limitem o céu das possibilidades da IA. Vejam o exemplo da energia nuclear... mesmo com todas as orientações, diretrizes, regras e regulações de ordem global pelas organizações reconhecidas por quase todas as nações do mundo, de vez em quando aparecem uns psicopatas que querem, por força, entrar para história como genocidas poderosos (Putin, Kim Jong-un e outros aprendizes de fascistas como Bolsonaro) e ameaçam destruir a vida na Terra.

Marco Florentino, Jaques Oliveira, Gabriel Florentino, Cacio Trajano e Ayala Gurgel.

https://youtu.be/vCTkznGFc90
(2001, Uma Odisséia no Espaço - Stanley Kubrick)