REIS, RAINHAS, PRÍNCIPES E PLEBEUS
REIS, RAINHAS, PRÍNCIPES E PLEBEUS
Contida no imaginário, ao coletivo é necessário
Da reservada fantasia à mais desejada alegoria
Vem como corolário de um pensamento solitário
Que dispensa aristocracia mas exige a idolatria
A oculta projeção do ser humano em comunhão
Tem o que a vida oferece, é só o que acontece
Selo da servidão desde o princípio da civilização
O juízo arrefece quando se cresce e se conhece
Misteriosa aprazia que se transforma em poesia
Todos querem ser, agir, fazer e deixar acontecer
Confirma a filosofia e o pensamento da mitologia
Sem compreender que o espírito vai se encolher
Na força da realeza toda reverência à sua alteza
Sublime admiração que apaga vestígios da razão
O homem em natureza tem certeza da grandeza
E na sua projeção confirma a histórica alienação
Marco Antônio Abreu Florentino
Poesia que faz referência à condição universal de servidão e admiração humana a senhores e senhoras infalíveis, seja pelo estabelecimento político social de reis, rainhas, príncipes e princesas ou pela adoração e culto a seres invisíveis como o Deus cristão e outras deidades. Em verdade, quase todo ser humano, consciente ou não e em prol da sua valorização individual como existente, quer ser rei ou rainha e a sua prole seus respectivos príncipes, claro que nos limites do seu contexto social e existencial. Dai a fascinação e admiração pela monarquia.
https://youtu.be/Vvgl_2JRIUs
(Pompa e Circunstância - Marcha N° 1 - Elgar)
Marco Florentino
Enviado por Marco Florentino em 21/05/2018
Alterado em 13/04/2021