A FALÁCIA DA PRÊSIDÊNCIA PARA A PREVIDÊNCIA
A FALÁCIA DA PRESIDÊNCIA PARA A PREVIDÊNCIA
SERÁ MESMO QUE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA TEM COMO FINALIDADE ACABAR COM OS PRIVILÉGIOS?
Ótimo, então um general de exército vai receber pouco mais de cinco mil reais, ao entrar para reserva? E os almirantes e brigadeiros das outras Armas? O mesmo vai acontecer com os coronéis da Polícia Militar e dos Bombeiros? Delegados da Polícia Federal, Desembargadores e Procuradores vão receber igual quantia, se conseguirem se aposentar? Como será a aposentadoria dos Senadores e Deputados?
Que tal se o senhor Temer, que se aposentou prematuramente como Procurador do Estado, desse o exemplo para a população, reduzindo os seus proventos de aposentadoria de cerca de 30 mil reais. Seria um bom exemplo de como acabar com privilégios...
Outro enfoque: não ser pobre na velhice virou privilégio?
Se todos tivessem vida digna na velhice não seria uma forma melhor de acabar com os privilégios? Ou, na ótica do governo, que tal se todos fossem “privilegiados” ???
Como?
Que tal tributar mais os ricos (que têm maior contribuição contributiva) para que o Estado possa pagar aposentadorias e pensões dignas para todos os nossos velhos, numa forma engenhosa de distribuir a renda nacional?
Pela Constituição, não caberia tributar as grandes fortunas? Que tal acabar com a chamada “guerra fiscal” entre os Estados, acabando com renúncias ou isenções fiscais?
Por que continuar perdoando os grandes devedores da Previdência Social?
Estou meio desconfiado de que esta reforma da previdência foi “encomendada” pelos agentes econômicos que administram a chamada previdência privada. E se eles vieram à falência ou ficarem insolventes nestes próximos trinta anos, como ficará a população na sua velhice???
Afranio Silva Jardim, professor de Direito da Uerj.
RESPOSTA COMENTÁRIO:
Grande, brilhante... perfeita contrargumentação a esse odioso e hipócrita discurso do governo pela defesa da reforma da previdência.
Fico cada vez mais impressionado com a capacidade histriônica dos líderes do governo, particularmente o vampiro do planalto central, em chamar atenção para si mesmos na procura de aprovação popular aos seus comportamentos inapropriados, covardes e autoritários contra a população brasileira, principalmente a classe trabalhadora. Até onde querem chegar? Será que não percebem o perigo que isso representa?
Já vimos esse filme em 1917 na Rússia dos czares. Um povo, por mais passivo, acomodado e subserviente que seja, tem um limite de tolerância.
Prof. Afrânio cada vez mais inteligente e lúcido nos seus argumentos irrefutáveis, característica dos grandes juristas e advogados. Aqui vai outro poema sobre o tema:
A VERDADE CEGA
A escuridão do fundo do poço abriga a verdade
Mais que ausência, está lá toda negação da luz
E na cegueira das trevas, o medo da identidade
Para ratos, baratas e canalhas, sua eterna cruz
À ordem dos ignorantes, o limbo humano emerge
Precedido pelo fulgor cego da intensa iluminação
Aí os vis aparecem e entre eles, ninguém diverge
Mas insetos tem vida curta, logo voltam pro chão
A luz tem que ser apagada para devida proteção:
Do lugar que se fala, se cala e tanto se apunhala
Da senhora com tira nos olhos e balança na mão
Da corrupção, da mentira e da trapaça que abala
Quem perde, ganha, a verdade sempre prevalece
O equilíbrio natural gera a iluminação que purifica
Nem todo homem tem o seu governo que merece
E na luz que esclarece está a verdade que edifica
Marco Antônio Abreu Florentino
Deixo a critério do leitor a escolha da função gramatical da palavra CEGA no contexto do poema e seu título ¨A VERDADE CEGA¨: Verbo ou adjetivo?
Marco Florentino e Afrânio Silva Jardim
Enviado por Marco Florentino em 10/12/2017